terça-feira, 5 de março de 2013

São Domingos Sávio

“Antes morrer do que pecar”


   O Pequeno Domingos Sávio nasceu aos 2 de abril de 1842 numa aldeia perto de Turim.
Filho do ferreiro Carlos Sávio e de dona Brígida, que apesar da extrema pobreza, viviam num ambiente familiar de amor, fé e alegria.

   Domingos era uma criança especial e sempre surpreendia seus pais com gestos de afeto, palavras de encorajamento e edificação

   No ano de 1847, os Sávio partem para um lugar, chamado Murialdo, d. Brígida trabalhava como costureira, além de cuidar dos afazeres domésticos, e Carlos Sávio, além de ferreiro, trabalhava no campo.
   O Capelão de Murialdo era o padre João Zucca, sacerdote santo e piedoso que logo percebeu no pequeno Domingos Sávio um perfume de santidade.
   Numa fria manhã de inverno, por volta das 5 horas, padre João ao abrir a igreja para a primeira Missa , encontra o pequeno Domingos, envolto em agasalhos, na escadaria aguardando, tinha apenas 5 anos de idade. Daquele dia em diante Domingos Sávio começou a servir nas Missas como coroinha.
   No ano de 1848, Domingos começa a frequentar o 1° ano primário e por sorte seu professor era o padre João Zucca.
   Era comum naquela época que as crianças recebessem a 1ª Comunhão aos 12 anos, porém, padre João Zucca , conversando com alguns sacerdotes dos povoados vizinhos e de comum acordo quiseram conhecer Domingos que estava com 7 anos e testar seus conhecimentos e virtudes.
   Todos os sacerdotes foram unânimes em aprovar nosso santinho, e no dia 08 de abril de 1849, festa da Páscoa, recebeu Jesus na Eucaristia.
   Ao chegar em casa, escreve seu tratado de vida:

“Lembranças da minha 1° Comunhão.”
01. Confessar-me-ei com muita frequência e farei a Comunhão todas as vezes que o confessor permitir.
02. Quero santificar os Dias Santos.
03. Meus amigos serão Jesus e Maria.
04. Antes morrer que pecar


   Para continuar seus estudos, Domingos deveria ir e vir a Castelnuovo que distava cerca de 5 km de sua casa, perfazendo, assim, 10 km diários. Apesar de sua aparência frágil e de sua estatura franzina, suportava frio, chuva e calor com paciência e amor. Certo dia um camponês que diariamente o via passar a pé perguntou-lhe:
-Você não tem medo de andar sozinho por estes caminhos:

-Nunca estou só, meu Anjo da Guarda me acompanha! Respondeu Domingos.

O camponês, surpreso acrescentou:
-Vai se cansar, com este calor!
-Não, não me canso porque trabalho para um Patrão que me paga muito bem!
-Para quem trabalhas? Quem é teu patrão?
- Nosso Senhor, que paga até um copo de água dado por Seu amor!
   A família Sávio decidiu retornar para Mondônio, lá havia escolas e Domingos não precisaria caminhar tanto.
   No Colégio, conheceu pe. Cagliero, que era seu professor e logo percebeu em Domingos uma grande bondade. Ainda neste colégio, Domingos foi injustamente acusado de uma grave falta que seus colegas cometeram. Ele porem calou-se! Foi repreendido publicamente mesmo sendo inocente.

   O pe. Cagliero era amigo e conterrâneo de Dom Bosco, e pensou que a seu lado Domingos Sávio receberia uma excelente formação. No dia 2 de outubro de 1854, aconteceu o primeiro encontro, em Castelnuevo, na frente da casa do irmão de Dom Bosco.
Domingos Sávio perguntou a Dom Bosco:

-Leva-me a Turim para estudar?

-É, parece que temos  uma boa fazenda! Respondeu Dom Bosco.
-E para que pode servir essa fazenda? Perguntou Domingos Sávio.
-Para fazer uma roupa e dá-la de presente a Nosso Senhor.

-Então eu sou a fazenda e o senhor é o alfaiate, leve-me e faça de mim uma bela roupa.

   Sendo assim, no dia 29 de outubro de 1854, Domingos fez um pacote com livros e roupas e também com algumas guloseimas que sua mãe preparou para a viagem. A separação foi penosa, porém decisiva.
   Domingos cheio de encanto, apesar da separação da família, encontrou um lar, o pai Dom Bosco e a dona Margarida, mãe de Dom Bosco, e mais 115 irmãos que corriam, jogavam, estudavam, aprendiam algum oficio e rezavam.
   Dom Bosco, a cada instante, se surpreendia com seu aluno Domingos.

   Domingos dizia: 
“Os olhos são a janela da alma. Pela janela passa o que se deixa passar. Por ela podemos deixar passar um anjo ou um demônio, e fazer com que um deles se torne dono do nosso coração” e assim Domingos dava exemplos e lições de vida, com o tempo conquistou a todos, até que em fevereiro de 1857, durante um rigoroso inverno, foi acometido de uma tosse gravíssima e a conselho de Dom Bosco, voltou para casa de seus pais para um bom tratamento.
   Domingos, ao se despedir de Dom Bosco disse:

-Eu não volto mais... Em seguida pede a Dom Bosco perdão e este assim respondeu:
-Garanto-lhe em Nome de Deus que seus pecados foram todos perdoados.

   Domingos beija a mão do pai Dom Bosco e parte para sua casa, a dor da partida dilacera o coração do mestre e seus colegas.

   Ao chegar em casa recebe o amor e a afeição de seus pais e irmãos, todos fazem festa com a sua volta, seu estado de saúde se agrava e são obrigados a chamar o médico.
   Por alguns dias o médico acompanhou o sofrimento do jovem Domingos, porem, seu estado piorava e ele se mantinha sereno, apesar das dores.
   Em tudo dava Graças a Deus e tudo oferecia por amor a Jesus.

   Em 9 de março de 1857, Domingos nascia uma segunda vez diretamente para o Céu, estava com 15 anos e no dia 12 de junho de 1954 Pio XII o eleva a honra dos altares.

   São Domingos Sávio viveu o ideal da santidade, deixando o exemplo para todos os jovens independente de seu tempo.


Oração


Ó amável São Domingos Sávio, que em vossa breve vida, fostes admirável exemplo de virtudes cristãs, ensinai-nos a amar Jesus com vosso fervor, à Virgem Santa com vossa pureza, às almas com vosso zelo; fazei ainda que imitando-vos no propósito de tornarmo-nos santos, saibamos como vós, preferir a morte ao pecado, para poder-vos encontrar na eterna felicidade do Céu. Amém.

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