sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Exaltação da Santa Cruz



   A Festa da Exaltação da Santa Cruz, que celebramos hoje, 14 de setembro, é a Festa da Exaltação do Cristo vencedor. Para nós cristãos, a Cruz é o maior símbolo de nossa fé, cujos traços nós nos persignamos desde o início do dia, quando levantamos, até o fim da noite ao deitarmos. Quando somos apresentados à comunidade cristã, na cerimônia batismal, o primeiro Sinal de acolhida é o Sinal da Cruz traçado em nossa fronte pelo padre, pais e padrinhos, sinalando-nos para sempre com Cristo.

   A Cruz recorda o Cristo crucificado, o Seu sacrifício, o Seu martírio que nos trouxe a salvação. Assim sendo, a Igreja há muito tempo passou a celebrar, exaltar e venerar a Cruz, inclusive como Símbolo da Árvore da Vida que se contrapõe à árvore do pecado no Paraíso, quando a serpente do Paraíso trouxe a morte, a infelicidade a este mundo, incitando os pais a provarem o fruto da árvore proibida. (Gn 3,17-19)

   No deserto, a serpente também provocou a morte dos filhos de Israel, que reclamavam contra Deus e contra Moisés (Nm 21,4-6). Arrependendo-se do seu pecado, o povo pediu a Moisés que intercedesse junto ao Senhor para livrá-los das serpentes. Assim, O Senhor, com Sua bondade infinita, ordenou a Moisés que erguesse no centro do acampamento um poste de madeira com uma serpente de bronze pendurada no alto, dizendo que todo aquele que dirigisse seu olhar para a serpente de bronze se curaria. (Nm 21,8-9)


   Esses símbolos do passado, muito conhecidos pelo povo (serpente, árvore, pecado, morte), nos dizem que na Festa da Exaltação da Santa Cruz, no lugar da serpente de bronze pendurado no alto de um poste de madeira, encontramos O próprio Jesus levantado no lenho da Cruz. Se o pecado e a morte tiveram sua entrada neste mundo através do demônio (serpente do paraíso) e do deserto; a bênção, a salvação e a Vida Eterna vêm do Cristo levantado no alto da Cruz, de onde Ele atrai para Si os olhares de toda a humanidade. Assim, a Igreja canta na Liturgia Eucarística de Festa: “Santa Cruz adorável, de onde a vida brotou, nós, por Ti redimidos, Te cantamos louvor!”

   A Cruz não é uma divindade, um ídolo feito de madeira, barro ou bronze, mas sim, Santa e Sagrada, onde pendeu O Salvador do mundo. Traçando o Sinal da Cruz em nossa fronte, a todo o momento nós louvamos e bendizemos a Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo, agradecendo o tão grande bem e amor que, pela CRUZ, O Senhor continua a derramar sobre nós.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Poesia ao Santíssimo Nome de Maria


Que Nome é esse?
Que inebria minh’alma com os manjares celestiais
Que a envolve duma luz tão forte e doce como a lua;
Que cura minhas chagas com mãos de plumas?

Ó doce e santo Nome de Maria,
Envolve-me nos Seus cantos, em Sua doçura!
Minh’alma enlouquecera com os gritos do mundo
Não encontro paz fora de Ti.

Ó forte e santo Nome de Maria,
Proteja-me de mim mesma e do mundo.
Diante desse Nome o inferno treme
E o Céu rejubila!

Santíssima Maria
Que esse Nome viva em mim...


O Santíssimo Nome de Maria


   Em 1683, os turcos atacaram Viena, procurando atingir a Europa cristã. O exército dos países cristãos venceu os agressores com a bravura do rei da Polônia, João Sobieski. Logo em seguida a Hungria se liberta de 150 anos de dominação muçulmana. 
   Em ação de graças pelo auxílio de Nossa Senhora, o papa Inocêncio XI instituiu a festa do Santíssimo Nome de Maria, no dia 12 de setembro. Na manhã do dia da batalha, Sobieski colocou-se, bem como a todo seu exército, sob a proteção de Maria Santíssima. E assistiu à Santa Missa, durante a qual permaneceu rezando com os braços em forma de cruz. Ao sair da igreja, ordenou o ataque. Os turcos fugiram cheios de terror e abandonaram tudo, até o grande estandarte de Maomé, que o vitorioso rei católico enviou ao Soberano Pontífice como homenagem a Maria. 


Pronunciar o Nome de Maria é encanto especial. Em Maria tudo lembra Deus: Seu Amor, Sua bondade, Sua Misericórdia, Sua lealdade, Sua disponibilidade. Nela tudo se refere a Cristo: Sua simplicidade, Sua humildade, o acolhimento da Sua Palavra. Celebrar o Nome de Maria é beber da água pura da fonte, é abrir o coração para a ternura de Deus e para os nobres sentimentos da fé. Lembrar Maria e Seu Nome bendito, é penetrar na história do novo Povo de Deus. 

ORAÇÃO AO SANTO NOME DE MARIA


   Ó poderosa Mãe de Deus e Mãe minha, Maria, é verdade que eu não sou digno nem mesmo de nomear-Te, mas Tu me amas e desejas a minha salvação. Concedei-me, embora a minha língua seja impura, de poder sempre chamar em minha defesa o Teu Santíssimo e Poderosíssimo Nome, porque o Teu Nome é a ajuda de quem vive e a salvação de quem morre.

   Maria puríssima, Maria dulcíssima, concede-me a graça de que o Teu Nome seja de agora em diante o sopro de minha vida. Senhora, não demore em me socorrer toda vez que eu Te chamar, porque, em todas as tentações e em todas as minhas necessidades, não quero parar de invocar-Te, repetindo sempre: Maria, Maria. Assim quero fazer durante minha vida e espero particularmente na hora da morte, para vir louvar eternamente no Céu o Teu amado Nome: “Ó clemente, ó pia, ó doce Virgem Maria”.
   Maria, amabilíssima Maria, que conforto, que doçura, que confiança, que ternura sente a minha alma mesmo apenas pronunciando o Teu Nome, ou apenas pensando em Ti! Dou graças ao meu Deus e Senhor que Te deu, para meu bem, este Nome tão amável e poderoso.
   Ó Senhora, não me basta chamar-Te pelo nome algumas vezes, quero invocar-Te mais vezes, quero que o amor me lembre de chamar-Te a toda hora, em tal modo a poder eu também exclamar com Santo Anselmo: “Ó Nome da Mãe de Deus, Tu és o meu amor!”.
   Minha querida Maria, meu amado Jesus, os Vossos dulcíssimos Nomes vivam sempre no meu e em todos os corações. A minha mente se esqueça de todos os outros, para lembrar-se somente e para sempre de invocar os vossos Nomes adorados.
   Meu Redentor Jesus e minha Mãe Maria, quando chegar o momento de minha morte, no qual a alma tiver que deixar o corpo, me concedam, então, pelos Vossos merecimentos, a graça de pronunciar as últimas palavras dizendo e repetindo: “Jesus e Maria Vos amo, Jesus e Maria Vos dou meu coração e minha alma”. (Santo Afonso Mª de Ligório)

sábado, 8 de setembro de 2012

Ave Mariazinha


O Feliz Nascimento de Maria Santíssima Senhora Nossa



   Chegou para o mundo o alegre dia do feliz parto de Santa Ana, e nascimento daquela que vinha santificada e consagrada para Mãe do mesmo Deus. ...
   Sua Mãe Ana foi prevenida por interior..., na qual recebeu aviso do Senhor que chegara a hora do parto. Ouviu sua voz cheia de gozo do divino Espírito, e prostrada em oração pediu ao Senhor que a assistisse com sua graça e proteção para o feliz sucesso de sua maternidade.
   Sentiu o natural movimento que acontece em tal caso, e a mais que ditosa menina Maria foi, por virtude e providência divina, arrebatada num altíssimo êxtase. Abstraída de todas as operações sensitivas, nasceu ao mundo sem o conhecer pelos sentidos, pois por eles poderia ter notado, já que possuía o uso da razão. O poder do Altíssimo dispôs por daquele modo, para que a princesa do céu não percebesse o próprio nascimento.

Maria, aurora da graça

   Nasceu pura. Limpa, formosa e cheia de graças, publicando por elas que vinha livre da lei e tributo do pecado. Em substância , nasceu como os demais filhos de Adão, mas com tais condições e particularidades da graça, que este nascimento foi admirável milagre para toda a natureza e eterno louvor de seu autor.
Despontou, pois, este divino luzeiro no mundo às doze horas da noite, começando a separar a noite e trevas da antiga lei, do novo dia da graça que já queria amanhecer.
   Envolveram-na em panos e foi tratada como as demais crianças, aquela que tinha sua mente na Divindade, e como infante, quem em sabedoria excedia a todos os mortais e aos mesmos anjos. Não consentiu sua mãe que outras mãos cuidassem da menina, e com as suas as envolveu em mantilhas. Seu estado não lhe foi impedimento, porque foi isenta das onerosas conseqüências que ordinariamente sofrem as outras mães em seus partos.

Oração de Santa Ana

   Recebeu Santa Ana em suas mãos aquela que, sendo sua filha, era ao mesmo tempo o maior tesouro do céu e da terra entre as puras criaturas, inferior somente a Deus e superior a toda a criação.
   Com fervor e lágrimas a ofereceu a Deus dizendo interiormente: Senhor de infinita sabedoria e poder, criador de tudo quanto existe: ofereço-vos o fruto do meu seio, recebido de vossa bondade, com eterno agradecimento por mo terdes dado sem eu tê-lo podido merecer. Na filha e mãe cumpri vossa vontade santíssima e do alto de vosso trono e grandeza olhai para nossa pequenez.
   Sede eternamente bendito por terdes enriquecido o mundo com criatura tão agradável ao vosso beneplácito, e porque Nela preparastes a morada e tabernáculo (Sb 9,8) para o Verbo Eterno residir. A meus santos pais e profetas dou felicitações e neles a toda a linhagem humana, pelo seguro penhor que lhes dais de sua redenção.
   Entretanto, como tratarei aquela que me dais por filha, se não mereço ser sua serva? Como tocarei a verdadeira arca do testamento? Dai-me, Senhor e Rei meu, a luz que necessito para conhecer vossa vontade, e executá-la para vosso agrado e serviço de minha filha.

Resposta do Senhor

   Respondeu o Senhor no intimo da santa matrona, que exteriormente tratasse a divina menina como sua filha sem mostrar-lhe reverência, mas que conservasse em seu coração essa reverência. No mais, cumprisse com as obrigações de verdadeira Mãe, criando sua filha com solicitude e amor.
   Assim fez a feliz mãe. Usando deste direito e permissão, sem perder a divina reverência, deliciava-se com sua Filha Santíssima, tratando-a e acariciando-a como as outras mães, mas atenda a grandeza do tão oculto e divino segredo que entre ambas haviam.
   Os anjos de guarda da meiga menina, com grande multidão de outros deles, a reverenciaram nos braços de sua mãe e lhe entoaram celestial música, da qual ouviu um pouco a ditosa Ana.
   Os mil anjos nomeados para a custódia da grande Rainha, ofereceram-se e dedicaram-se ao seu serviço. Foi esta a primeira vez que a divina Senhora os viu em forma corpórea, com as divisas e vestes que explicarei noutro capítulo. A menina pediu-lhes louvassem com Ela, e em seu nome, ao altíssimo.

S. Grabriel anuncia ao limbo o nascimento de Maria

   No momento em que nasceu nossa princesa Maria, o Altíssimo enviou o Santo Arcanjo Gabriel para participar aos santos pais do limbo esta tão alegre nova para eles.
   O embaixador celestial desceu logo, iluminando aquela profunda caverna e alegrando aos justos nelas detidos. Noticiou-lhes que já começava amanhecer o dia da eterna felicidade e redenção do gênero humano, tão desejado e esperado pelos santos e vaticinado pelos profetas. Já nascera a futura Mãe do Messias prometido, e muito em breve veriam a salvação e glória do Altíssimo.
   Deu-lhes notícia os santo Príncipe, das excelências de Maria Santíssima e do que a mão do onipotente começara a fazer por Ela, para conhecerem, melhor o ditoso princípio do mistério que poria fim a sua prolongada prisão.
   Todos aqueles pais, profetas e demais justos que estavam no limbo alegraram-se em espírito, e com novos cânticos louvaram o Senhor por este benefício.

Os anjos reconheceram Maria por sua Rainha

   Quem poderá dignamente exaltar este maravilhoso prodígio da destra do onipotente ? Quem dirá o gozo e admiração dos espíritos celestiais, ao verem e celebrarem com novos cânticos aquela tão nova maravilha entre as obras do Altíssimo ?.
   Ali reconheceram e reverenciaram a sua Rainha e Senhora, escolhida para Mãe Daquele que seria sua cabeça, causa da graça e da glória que possuíam, pois as deviam aos méritos de Cristo, previstos na divina aceitação.
   Mas, que língua e que pensamento mortal Poe entrar no segredo do coração daquela tenra menina, no sucesso e feitos de tão peregrino favor ?. Deixo-o a piedade católica, e muito mais aos que no Senhor o conheceram, e a nós quando por sua misericórdia infinita chegarmos a gozá-lo face a face.

Deus impõe-lhe o nome de Maria

   Determinou-se naquele divino consistório e tribunal, dar nome a Menina rainha. Como nenhum é legitimo e adequado senão o que é posto no ser imutável de Deus, onde com equidade, peço medida e infinita sabedoria se dispensam e ordenam todas as coisas, quis Sua Majestade dá-lo por si mesmo, no céu.
   Manifestou aos espíritos angélicos que as três divinas pessoas haviam decretado e formado os dulcíssimos nomes de Jesus e Maria, para filho e mãe ab initio ante saecula. Que desde toda a eternidade haviam se comprazido neles, gravando-os em sua memória eterna e tendo os presentes em todas as coisas a que haviam dado existência, pois para o serviço deles tinham sido criados.
   Conhecendo estes e outros mistérios, os santos anjos ouviram sair do trono do Pai Eterno que dizia:- Nossa eleita chamar-se–á Maria, e este nome há de ser maravilhoso e magnífico. Os que o invocarem com devoção receberão copiosíssimas graças, os que o pronunciarem com reverência serão consolados, e todos acharão nele alívio para suas dores, tesouros com que se enriquecerem, luz para serem guiados à vida eterna. Será terrível contra o inferno, esmagará a cabeça da serpente e obterá insígnes vitórias contra os príncipes das trevas.
   Mandou o Senhor aos espíritos angélicos que participassem este ditoso nome à Sant´ana, para ser realizado na terra o que fora confirmado no céu. A divina Menina prostrada pelo afeto ante o trono, deu humildes graças ao Ser eterno e com admiráveis e dulcíssimos cantos recebeu o nome.
Se se quisesse escrever as prerrogativas e graças que lhe concederam, seria mister compor livro separado em maiores volumes.
   Os santos reverenciaram de novo, no trono do Altíssimo, a Maria Santíssima por futura Mãe do Verbo, sua Rainha e Senhora. Veneraram seu nome, prostrando-se ao ser pronunciado pela voz do eterno Pai, particularmente os que o levavam sobre o peito como divisa. Todos cantaram louvores por mistérios tão grandes e ocultos, mas a Menina Rainha ignorava a causa de quanto presenciava, porque não lhe seria manifestada sua dignidade de Mãe do Verbo até o tempo da Encarnação.
   Com o mesmo júbilo e reverência voltaram os anjos a pô-la nos braços de Sant´ana, a quem foi oculto este sucesso e a ausência de sua filha, pois fora substituída por um de seus anjos da guarda, com um corpo aparente.
   Além disso, enquanto a divina Menina esteve no céu empíreo, teve sua mãe Ana um êxtase de altíssima contemplação. Nele, ainda que ignorava o que se passava com sua Menina, lhe foram manifestados grandes mistérios da dignidade da Mãe de Deus para a qual sua filha era escolhida. A prudente matrona conservou-os sempre em seu coração, meditando-os para, de acordo com eles, proceder com sua filha.

O Nascimento de Maria, alegria para o Céu e a terra

   Aos oito dias do nascimento da grande Rainha, desceram das alturas multidões de anjos formosíssimos e roçagantes. Traziam um brasão no qual vinha gravado e resplandecente o nome de MARIA. Manifestando-se a ditosa mãe Ana disseram-lhe que o nome de sua filha era o que traziam. Que a divina providência lho havia dado e ordenava que ela e Joaquim o impusessem logo. ...
   ... Deste modo recebeu nossa Princesa o nome que lhe foi dado pela Santíssima Trindade, no céu no dia em que nasceu, e na terra oito dias depois. Foi inscrito no registro dos demais, quando sua mãe foi ao Templo para cumprir a lei, ...

Fonte:
Livro: “Mística Cidade de Deus” – Maria de Ágreda - Espanha Século XVII
Primeiro Tomo - páginas: 171 a 175 - Capítulo 21 

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Dia da Pátria


   Aprendemos muita coisa na escola sobre a história do Brasil. Sabemos que Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil em 1500. Sabemos que foi celebrada a primeira Missa nesse dia.
   Mas há muita coisa em nossa história que não aparece nos livros. Vamos aprofundar essa história, ver a história da alma do Brasil.
   Todo país tem uma alma, um coração, não só uma história que aparece por fora.
   Veja os belos nomes que os portugueses deram para o Brasil: Primeiro "Ilha de Santa Cruz". Pensavam que se tratava só de uma ilha. Depois, chegando mais perto "Monte Pascoal". Finalmente viram que era um verdadeiro continente e lhe deram o nome de "Terra de Santa Cruz".
   Mais tarde, trocaram para "Brasil" por causa da madeira vermelha que era uma grande fonte de riqueza. Pensaram os maçons que tinham roubado do Brasil seus nomes religiosos; eles se enganaram, o Pau Brasil era um 'lenho vermelho', ora, lenho vermelho só existe um: a Cruz de Cristo. Nós, os brasileiros, ainda temos a Cruz em nosso nome.
   A primeira atividade realizada em nossa terra foi a Santa Missa. A primeira árvore que derrubaram não foi para construir uma ponte, uma canoa, foi para fazer um Cruzeiro e um Altar.
Todo o litoral da África está pontilhado de cruzeiros, conforme os navegantes iam descobrindo o caminho para as Índias.
   As velas das caravelas tem o Sinal da Cruz, as bandeiras, os estandartes,, e até a moeda portuguesa se chamava "cruzado", tradição que passaram para nossa antiga moeda.
   A primeira homilia de frei Henrique foi sobre a Cruz de Cristo. Mais tarde, na fundação de Brasília, vemos a mesma devoção, o engenheiro Lúcio Costa que planejou a cidade nos conta: "Eu tinha em minha frente uma grande folha de papel em branco, não sabia como planejar uma cidade. Fiz no papel, com um lápis, uma grande cruz, assim surgiu o plano de Brasília. Falam que parece um avião, uma ave levantando voo, é uma cruz".
   O papa João XXIII mandou colocar no topo do mundo, no Pólo Norte, uma grande cruz de ébano, de 2 metros. Orgulho piedoso do papa.
   Jesus sorriu. Pela "Palavra Viva de Deus" Ele nos fala: "Eu plantei no céu do Brasil a constelação do Cruzeiro, como sinal de proteção".
   É como se dissesse: o papa plantou uma cruz no Pólo há alguns anos atrás. Eu plantei no céu uma cruz há 15 bilhões de anos. Eu sabia da devoção dos portugueses, e por isso atendi sua oração. Para Mim tudo está presente.
   A cruz é um símbolo profético até na matemática. É o sinal mais simples (+), dois tração, mas eles somam, aumentam. A cruz não diminui.
   São duas traves: uma horizontal que mostra a terra e seus problemas, outra vertical que aponta para o céu, tudo vai lá para cima.
   A língua chinesa tem uma intuição maravilhosa. Os chineses escrevem por símbolos. Em mais de 3 mil palavras nós vemos no centro dos símbolos o sinal da Cruz. São as palavras mais bonitas da língua chinesa: poesia, música, alegria, paz, rei...
   Explicam: 'rei' representa o (céu, Deus) e a (terra, homem), por isso o traço da cruz que liga céu e terra.
   A Palavra Viva de Deus tem uma promessa consoladora para nossa pátria: "A bomba atômica pode acabar com muitos países, menos este país onde moras, onde Minha Mãe é venerada por milhões de brasileiros", "Eu quero que a Terra de Santa Cruz continue intacta". (23.09.07)
   Jesus não fala "Eu gostaria que", Ele fala "Eu quero".
   Vamos sentir orgulho de nossa história, principalmente da história invisível, que não aparece nos livros. É a história de uma alma, a alma de Portugal e do Brasil.

Homilia do pe. Rômulo Cândido de Souza, C.SS.R